domingo, 16 de novembro de 2014

Chaveiro Gaita com gravação Hering – The Riffs

Em agosto adquiri uma coisinha que desejava comprar desde que comecei a tocar gaita. Uma gaita em forma de chaveiro. Logo em um dos meus primeiros contatos com gaita já me deparei com o chaveirinho que a extinta Bends produzia. Seis anos depois acabei comprando o chaveiro fabricado pela Hering.

Meu chaveiro custou 18 reais com frete grátis e comprei no Mercado Livre da loja The Riffs. Pra minha surpresa, o nome gravado na tampa da gaita era o da própria The Riffs e não da Hering. Descobri a partir disso, que a Hering pode gravar na gaita o nome de quem quiser encomendar.

O mais divertido do chaveiro é que ele é tocável, mesmo sendo tão pequeno. Ele está disponível em duas afinações, A e C. O meu veio em A. Inicialmente eu utilizava meu chaveiro junto com minhas chaves, mas acreditei que o constante uso poderia danificar o chaveiro e decidi coloca-lo em minha mochila.


A construção do chaveiro é muito bem feita. A tampa é feita de aço inox, o corpo é de plástico e as placas de vozes e palhetas são feitas de latão. Tudo isso em apenas 3,5 centimetros! As placas de vozes são invertidas, uma fica para um lado e outra para outro. O som do chaveiro é meio apagado, mas possui até uma boa quantidade de volume.

Resumindo tudo. O chaveiro de gaita é uma aquisição para admiradores da gaita que querem se divertir até nos momentos mais triviais, como abrir a porta de casa ou ligar o carro. Extremamente indicado para todos os tipos de gaitista, exceto os com menos de três anos de idade. Por conter partes pequenas que podem ser engolidas!


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Kazoo!

O post de hoje não é nada usual. Hoje cedo recebi uma encomenda da China. Tratava-se de um kazoo de metal, esse prateado da foto acima. Encomendei há uns 30 dias atrás pelo site de vendas chinês, Ali Express.

Sim, essa febre de compras direto da China me pegou. Estou até pensando em comprar umas gaitas baratinhas, estilo Hohner Super Star ou Piedmont Blues para testar e transformar em reviews.

Antes de tudo, uma contextualizada. Não sei nada sobre a origem do kazoo. Recordo-me de uma caixa que dizia “pocket jazz”, ou em português, jazz de bolso. Acho a definição perfeita, pois esse instrumento exótico reproduz grotescamente o timbre de um saxofone.

Kazoos são sempre associados a gaitas e ukuleles. Infelizmente essa associação também leva a outra: de que esses instrumentos pequenos e “fofinhos” sejam instrumentos de brinquedos ou instrumentos de crianças.

A dinâmica de como tocar um kazoo é simples: Cantarole através de “hmm” ou “lalala” a melodia de qualquer música que desejar. Além de jazz de bolso, você pode tocar o que quiser, pois não exige uso de notas e nem conhecimento musical, apenas imaginação!

Comprei meus primeiros três kazoos em 2012. Presenteei minha namorada e um colega de banda. Sobrei com esse azul da foto. Quando novo, o logotipo da Hohner estava estampado no kazoo, não sei dizer se a Hohner realmente fabrica o instrumento...

Os três kazoos me custaram algo em torno de 15 reais. O kazoo metálico que comprei no Aliexpress saiu por 8 reais com frete grátis. Não entendo como isso pode ser tão barato e atravessar o planeta de maneira gratuita.

A diferença de um kazoo de plástico para um de metal, está basicamente no volume. O kazoo metálico fala muito mais alto. O kazoo de plástico realmente pode ser classificado como brinquedo, perto de um kazoo de metal.

No Brasil, dá pra encontrar kazoos no Mercado Livre. Os preços são salgados se comparados ao milagre oriental do Aliexpress. Mas são preços justos já que as empresas precisam pagar a comissão do Mercado Livre e lucrar.

Com um ar circense mezzo rockabilly, eu recomendo o instrumento para qualquer tipo de músico. O instrumento é muito divertido e pode dar um toque a mais em suas canções. Eu uso ele no suporte de gaita e toco junto com violão, guitarra e ukulele.

E pra quem ainda não levou o instrumento a sério: David Gilmour, da aclamada e lendária banda, Pink Floyd, utilizou um kazoo na gravação da excêntrica música Corporal Glegg do disco A Saucerful of Secrets de 1968.

A seguir, um pequeno vídeo meu tocando o instrumento acompanhado do violão. Quem quiser dê uma conferida no meu canal do Youtube. Dá pra achar minhas músicas autorais e alguns covers! Até a próxima.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Gaita Sem Mestre - Célio Behring


Numa consulta simples sobre o termo "gaita" na Estante Virtual me deparei com o livro Gaita Sem Mestre do misterioso autor Célio Behring. Por míseros oito reais (isso inclui o frete, que por sinal foi mais caro que o livro...) adquiri o livrinho lançado pela antiga gráfica Tecnoprint, atual Ediouro. O exemplar não possui data em nenhum local. O único vestígio que encontrei de uma possível data de lançamento foi em outro anúncio na Estante Virtual. A data é 1978, mas pela diagramação “vintage” e pelo uso de termos como “V. S.”, acredito que o livro seja bem anterior a isso, inclusive por décadas.

Pra quem está dando seus primeiros sopros o livro pode ser bastante didático. Gaita Sem Mestre não trás informações sobre a origem e nem a construção do instrumento, ele vai direto a prática. Primeiro ele aborda a familiarização com o instrumento, através do uso de tablatura. Após isso, uma pequena parte teórica é introduzida. O bastante para a leitura de partituras em clave de sol. O livro é todo ilustrado, possui uma linguagem muito didática e às vezes até usa termos em diminutivo, como por exemplo: “letrinha” e “bonitinho”. O livro abrange os tons de gaita C e G (dó e sol, respectivamente).

O “livrinho” é bem honesto, e em suas 80 páginas é visível detectar o esforço para que surjam novos “artistas da gaita”. O que me intrigou nesse livro, é a falta de informações encontradas sobre o mesmo na internet. Não encontrei nada sobre o autor Célio Behring. A editora não possui nenhum tipo de informação sobre o livro, nem mesmo um catálogo antigo. A Ediouro é famosa pelo nicho de livros de bolsos, quase que exclusivamente vendidos em bancas e gondolas de supermercado. Para quem não sabe, as famosas palavras cruzadas da Coquetel são uma subdivisão da Ediouro...

De toda forma, o livro Gaita Sem Mestre, é uma boa opção para quem ainda gosta de aprender coisas através de livros físicos. Ou mesmo para quem, assim como eu, quer colecionar e compartilhar o máximo de informações possíveis sobre gaita. Bastante indicado para quem busca uma didática simples, com exercícios práticos. O primeiro degrau para manejar e se tornar um perfeito “artista da gaita”. Quem tiver informações sobre a data de lançamento do livro, ou mesmo sobre o autor Célio Behring, fique a vontade de compartilhar nos comentários aqui do blog!

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Hering Black Blues

Quando comecei a tocar gaita, em 2009, minha maior vontade era de que minha segunda gaita fosse uma Hering Black Blues. Não sei por que diabos eu gostava tanto daquele modelo da Hering. A frase “Keep it to yourself” me passava à ideia de que a gaita estaria sempre me acompanhando no meu bolso, onde quer que eu fosse. Cinco anos se passaram até que eu comprasse a minha primeira, e talvez única, Hering Black Blues. Já faz uns três anos que venho comprando gaitas em C, todas da Hering. E por pior que pareça, tive problema com todas. O post anterior explica o tal problema de diferenças nos lotes de fabricação da Hering.

Adquiri minha Hering Black Blues através do Mercado Livre. O vendedor por sua vez, é um gaitista bastante renomado no cenário brasileiro. Mas isso não vem ao caso... Antes de comprar a gaita, cotei qual seria a opção mais barata e viável. Sempre visando o melhor custo benefício. Dei uma conversada com o pessoal do grupo Gaita-L no Facebook, e o discurso era de que os lotes da Hering estavam vindo melhores. Resolvi dar uma segunda chance para a empresa brasileira e comprei a minha primeira e tão almejada Hering Black Blues.

A gaita custou 95 reais. Numa rápida pesquisa feita na internet já é possível cotar a mesma variando entre 98 e 130 reais. Não consigo entender o porquê das gaitas da Hering já possuírem a mesma faixa de preço que as alemãs da Hohner... E sim, estou julgando pela qualidade das mesmas, mas sempre lembrando: PARTINDO DO MEU PONTO DE VISTA, OPINIÃO E EXPERIÊNCIA COM AS GAITAS DA HERING. Há quem se dê bem com as gaitas da Hering e que tenha resultados bons com suas respectivas durabilidades, o que infelizmente, não acontece comigo...

O site da Hering finalmente voltou ao ar e está com uma interface bonita e leve. As informações técnicas da gaita, foram retiradas de lá. A tampa é de aço inox na cor preta, com o uso, principalmente no segurador de gaitas, a tinta começa a sair. Na minha Hering Vintage Harp 1923 esse desgaste da tinta deu um visual matador no instrumento, na Black Blues não... Corpo de plástico ABS, também na cor preta. O site diz “excelente vedação”, concordo e discordo. Concordo, porque não tinha nenhum vazamento atenuante. Discordo, porque minha gaita veio mal vedada e isso tirava todo o brilho e volume do timbre da gaita. As placa de vozes possuem 0,90mm. A Black Blues também possui o mesmo visual que as gaitas Lee Oskar. A caixinha da gaita voltou a ser de plástico como antes, não gostei muito da mudança, preferia as bags de EVA.

Curiosamente, a Black Blues aguentou o tranco comigo por uns dois meses. Fiz umas quatro apresentações com ela e tudo correu bem. O lote da gaita é de outubro de 2013, e como a comprei em março de 2014, ainda estava nova. Quando a gaita chegou, fiquei muito feliz, pois inicialmente ela estava perfeita, como exceção do baixo volume que o instrumento apresenta, estava tudo ok. Depois de dois meses de uso a casa 7 aspirada começou a falhar. Abri a gaita e resolvi limpar e regular a altura das palhetas. Dois dias depois, o 3 soprado estava praticamente morto e o 7 aspirado do mesmo jeito de antes.

Ainda pretendo dar outra mexida nas placas de vozes, pois essa gaita está bastante superior a praticamente todas as Hering que tive anteriormente. Mais uma vez minha experiência com as gaitas Hering foi negativa. Por um lado fico triste, pois eu adoro os modelos de gaita da marca, o trabalho que eles fazem há quase 100 anos para fortalecer o instrumento, e isso do controle de qualidade (ou, da minha experiência ruim) me deixa bastante chateado. Por outro lado, o site deles está de volta e tudo indica que os lotes de gaita estão melhorando. Quem sabe dessa vez a Hering acerta a mão, né?


Minha conclusão é a seguinte. A Hering Black Blues é uma ótima gaita. Infelizmente comigo as Hering não duram. Conheço pessoas que possuem gaitas da Hering funcionando bem há meses e até anos. Se você se interessar pela Hering Black Blues, vá fundo. Tudo indica que a fábrica vem melhorando e um golpe de sorte pode garantir bastante durabilidade para sua Hering Black Blues.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Hering Blues


Após assistir o recente review da Hering Blues que Marcos Castelani do Vlog Gaita Blues fez, lembrei-me que dois anos e meio atrás adquiri a minha e me esqueci de fazer o review aqui para o blog. O primeiro motivo desse esquecimento deve ser a decepção que tive com a gaita em si. Não pela sua qualidade ou algo do tipo, mas sim pelo já recorrente problema que andava tendo com a durabilidade das gaitas Hering.

Comprei essa Hering Blues as pressas para me apresentar em um show, já que as placas de vozes que instalei em minha Hering Master Blues tinham desafinado com apenas um mês de uso. Por desespero acabei pagando 115 reais na gaita, que hoje, quase três anos depois ainda pode ser encontrada na faixa dos 80 reais. Acredito que o segundo grande motivo para a gaita ter desafinado em tão pouco tempo, foi o fato dessa gaita estar tão cara e por estar a muito tempo parada na loja onde comprei. O grande dilema de lojistas venderem gaitas em valores abusivos ainda me incomoda nessas situações...

Por ter comprado a gaita em 2011, a embalagem de EVA ainda protegia os instrumentos da Hering. Pelo que sei as gaitas da Hering agora voltaram a vir apenas com os cases de plástico. A Hering Blues é bastante bonita. Seu visual é praticamente idêntico ao das gaitas Lee Oskar. Antes de tocar na Blues e na Lee Oskar, acreditava que as duas pudessem ser idênticas. Mas não são!

A Blues possui uma ergonomia muito amigável, suas extremidades são arredondadas e por horas de show, você não se sentiria incomodado. A mensagem “Have a good time” gravada na tampa faz alusão a alguma letra de blues e ironicamente, eu não tive bons tempos com essa gaita... A tampa da gaita tem um baixo relevo de extremo bom gosto. O corpo da gaita é de plástico ABS preto. As placas de vozes de 1,07mm ficam escondidas dentro do corpo, fator interessante e que a meu ver dificultaria a entrada de ferrugem e sujeira. A placa é presa ao corpo por cinco parafusos e proporciona uma boa vedação.

Quando ainda funcionava, minha Hering Blues me proporcionava um excelente timbre. Foi uma das melhores harmônicas da Hering que experimentei. O volume era satisfatório e a gaita possuía muita maciez em sua tocabilidade. Infelizmente o grande contra da gaita, no meu caso, foi com a baixa durabilidade. Utilizei a gaita em apenas um show e após uma semana após compra-la o instrumento já estava desafinado.
O grande tabu disso pode estar relacionado ao controle de qualidade de fabricação da Hering. Algumas gaitas duram muito, outras não duram nada. Algumas remessas não apresentam defeitos e outras são muito boas. A minha queixa com a atenção da Hering com o consumidor ainda existe, pois já faz mais de um ano que o site deles exibe uma imagem informando que o site está em construção e nada acontece...

Em breve volto com novidades. Assistam a seguir o excelente review que o Marcos Castelani fez da Hering Blues:

domingo, 12 de janeiro de 2014

Harmonica Master fechará as portas da loja física


A especialista em gaitas Harmonica Master irá fechar as portas de sua loja física e permanecer apenas com as vendas online. A informação dada por Rodrigo Morenno, gerente da loja, é que o movimento da loja não justificava mantê-la aberta. Com a mudança, a Harmonica Master voltará a manter o foco apenas em gaitas e acessórios.

Fachada da loja física da Harmonica Master / Rodrigo Morenno
Desde 2006 vendendo gaitas pela internet, a inauguração da loja online se deu em 2007. Morenno decidiu alugar um cômodo para abrigar o escritório da loja no fim de 2008. O que viria a ser apenas um escritório se transformou numa loja que inicialmente vendia só gaitas. Com o tempo mais instrumentos começaram a ser vendidos e até mesmo a loja online passou a vender as outras coisas.

Infelizmente, as vendas estavam baixas e Rodrigo Morenno até já colocou uma placa informando estar passando o ponto da loja. A boa notícia é que a loja continuará e ainda é a única com exclusividade de modelos e produtos relacionados a gaita no país.